quarta-feira, 6 de maio de 2015

Deus é pequeno

Talvez, você tenha pensado em parar de ler estas palavras ainda no título. Contudo, permita-se continuar. Permita-se conhecer o meu Deus.

Deus é pequeno: é nisso que acredito.

Pequeno como mão de criança, a qual aperta nosso dedo pela primeira vez.

Pequeno como a uva que alimenta o faminto.

Pequeno como a folha que cai e colore o outono.

Este é o Deus que conheço.

Mas nem todos o conhecem, porque nos ensinaram a vê-lo gigantescamente longe, e, claro, enorme.

Enorme como a mão que esgana.

Enorme como a uva que faz engasgar.

Enorme como a árvore que observa o cair das folhas sem saudade.

Para Rubem Alves, o divino é:
"uma gota de orvalho, uma amora roxa, uma cambalhota que tiziu, um raio de sol numa teia de aranha, a cor de uma joaninha, um bombom, uma bolinha de gude, um amigo, uma acertada de bilboquê: coisas pequenas, sem preço."
Por isso, o meu Deus é pequeno.

Tão pequeno que vejo todo dia.

Todo dia de tão grande.

Tão grande que eterno.

E do eterno... Amém.

Nenhum comentário:

Postar um comentário